inflamação aguda
A
B
A) Órgão: Pulmão.
Processo Patológico: Pneumonia lobar (inflamação aguda exsudativa purulenta)
Descrição: Pulmão fixado em formaldeído 10%. Um dos lobos, parte superior da foto, está armado, volumoso, de crepitação diminuída com aspecto amarelo esbranquiçado por todo o lobo (pneumonia lobar), contrastando com o lobo da parte inferior da foto. Há grande quantidade de leucócitos – células brancas, especialmente neutrófilos, infiltrando o parênquima pulmonar, inclusive na luz dos alvéolos de todo o lobo acometido, resultando na coloração amarelo esbranquiçada na macroscopia, e também na redução da crepitação, pois em vez de ar, há pus (riqueza de leucócitos) na luz alveolar. Nesta inflamação aguda há morte de células tanto do parênquima como dos próprios leucócitos, resultando na necrose purulenta, em parte devido a liberação de enzimas dos próprios leucócitos. Os pontos enegrecidos espalhados difusamente pelo parênquima pulmonar são as áreas com antracose, onde há acúmulo de carvão (pigmento exógeno), inalado do ambiente externo.
Na imagem a esquerda observa-se a deposição de fibrina, visto macroscopicamente como material brancacento de aspecto aveludado depositado de forma irregular em toda a pleura, resultado de pleurite exsudativa fibrinosa.
B) Órgão: Pulmão.
Processo Patológico: Broncopneumonia (inflamação aguda exsudativa purulenta)
Descrição: Parte de um pulmão fixado em formaldeído 10%, apresentando coloração amarelo esbranquiçada por todo o parênquima, os bordos encontram-se armados, consistência aumentada e crepitação diminuída. Essas alterações são resultantes da deposição de pus na luz dos alvéolos, características da necrose purulenta. Além das alterações no parênquima, a pleura encontra-se opaca, devido a deposição de fibrina que acontece devido ao aumento da permeabilidade dos vasos frente a inflamação. Essa deposição de fibrina na pleura caracteriza uma inflamação aguda exsudativa fibrinosa.
c
C) Órgão: Cérebro + leptomeninges
Processo patológico: Leptomeningite (inflamação aguda exsudativa purulenta)
Descrição: Vista superior de um cérebro fixado em formaldeído 10% com alteração dos sucos e giros devido a infecção bacteriana nas meninges. É possível observar que as leptomeninges (membranas finas que revestem o cérebro, aracnóide e piamater) ao invés de translúcidas, encontram-se de coloração amarelada e aspecto leitoso indicando que existe acúmulo de material purulento (seta) no espaço subaracnóide, inclusive preenchendo os sulcos entre os giros cerebrais. Além disso, os vasos cheios de sangue, estão mais evidentes, devido a hiperemia ativa que acontece durante os fenômenos vasculares da inflamação (cabeça da seta). Essas alterações podem ser observadas também na imagem, a direita, vista lateral do encéfalo.
d
D) Órgão: Rim
Processo patológico: Pielonefrite Aguda com presença de Abscessos.
Descrição: rim fixado em formaldeído a 10%. Na superfície externa e na capsula renal destacam-se várias cavidades de tamanho e formato irregulares, em média 0,5cm de diâmetros, são os abscessos (seta). As cavidades, são delimitadas por uma capsula, chamada de piogênica, que estavam preenchidas com material amarelado e de consistência semifluida, porém ao retirar a cápsula do órgão o conteúdo foi drenado. Essa inflamação aguda, com presença de abscessos, caracteriza a inflamação exsudativa purulenta.
inflamação crônica
a
A) Órgão: Aorta.
Processo Patológico: Aterosclerose (Inflamação crônica fibrosante)
Descrição: Segmento de aorta torácica e abdominal, fixada em formaldeído 10% apresentando várias placas características da aterosclerose: As placas amareladas (seta), as placas fibrosadas (círculo) e as placas calcificadas (cabeça de seta). As placas amareladas são depósitos no interstício de colesterol e ésteres de colesterol resultantes da lise de macrófagos que estavam cheios de lipídios no seu interior. Com a progressão da lesão as placas amareladas vão sendo recobertas por tecido conjuntivo fibroso formando a placa fibrosada de coloração rósea (círculo) e as áreas acastanhadas é onde há depósito de cálcio caracterizando a calcificação distrófica.
b
B) Órgão: Coração
Processo Patológico: Cardiopatia chagásica (Inflamação crônica fibrosante)
Descrição: Coração fixado em formaldeído 10% apresentando aumento de peso, tamanho, volume e dilatação das câmaras, resultante da hipertrofia compensatória que ocorre frente a infeção pelo T. cruzi. No ventrículo esquerdo observa-se espessamento na parede muscular do órgão caracterizando um processo crônico e na região do ápice do coração um adelgaçamento da parede sendo denominado de aneurisma de ponta que é uma lesão patognomônica da Doença de Chagas
c
C) Órgão: Pulmão
Processo Patológico: Bronquiectasia (Inflamação crônica)
Descrição: Pulmão fixado em formaldeído 10% com peso e tamanho próximos ao normal. Destacam-se no parênquima pulmonar os brônquios mais salientes com as paredes mais espessas devido a deposição de colágeno- fibrose (setas), resultante de lesões graves ou repetidas nas vias aéreas. A coloração escura do parênquima é devido á antracose, pigmento de carvão
inflamação crônica granulomatosa
a
A) Órgão: Baço.
Processo patológico: Tuberculose miliar (inflamação crônica granulomatosa)
Descrição: Fatia de baço fixada em formaldeído 10% apresentando peso e tamanho aumentados. Destacam-se vários nódulos brancacentos milimétricos espalhados difusamente pelo parênquima do órgão. Esses nódulos vistos macroscopicamente são formados pela junção de vários granulomas. O granuloma que é microscópico consiste em um conjunto organizado de células inflamatórias que tem por objetivo isolar o agente causador da lesão. O pulmão é o órgão primariamente afetado na tuberculose, no entanto, em alguns casos o bacilo Mycobacterium tuberculosi pode disseminar por várias vias, incluindo a sanguínea, se instalando em outros órgãos, como o baço e fígado.
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B) Órgão: Pulmão.
Processo patológico: Inflamação crônica granulomatosa com formação de caverna
Descrição: Fatia de pulmão fixada em formaldeído 10%, com peso aumentado. Na superfície de corte há múltiplos nódulos esbranquiçados milimétricos, outros confluentes, formando nódulos maiores. Esses nódulos são formados por um conjunto de granulomas e no centro destes nódulos o material é amolecido e friável denominado de necrose caseosa. Este material necrótico pode ser drenado facilmente pelas vias aéreas, deixando espaços vazios denominados cavernas (em destaque). Este tipo de inflamação crônica granulomatosa ocorre devido ao Mycobacterium tuberculosis, agente causador da tuberculose.
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C) Órgão: Fígado.
Processo patológico: Esquistossomose (Inflamação crônica granulomatosa)
Descrição: Fatia de fígado fixada em formaldeído 10%. Na superfície de corte, cada espaço porta está bem evidenciado devido a fibrose periportal que corresponde às áreas irregulares mais pálidas, em formato de estrela (círculo). Esta fibrose faz parte do granuloma que ocorre frente aos ovos de Schistossoma mansoni.
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D) Órgão: Aorta, pulmão e esôfago
Processo patológico: Aneurisma sifilítico (inflamação crônica granulomatosa)
Descrição: Aorta, pulmão e esôfago fixados em formaldeído 10%. Toda a aorta torácica está dilatada (comparando com a aorta abdominal no segmento distal), formando aneurisma fusiforme. É possível observar ainda algumas áreas com dilatações circunscritas (setas). , O paciente apresentava sífilis tardia, doença causada pelo Treponema pallidum, e que na fase tardia pode acometer a parede da aorta causadando processo inflamatório crônico granulomatoso com necrose gomosa (semelhante a goma) O T. pallidum, tem tropismo pelos vasa vasorum, vasos que nutrem a parede arterial, o que leva a um processo inflamatório crônico resultando no comprometimento da nutrição da camada média da aorta. Com isso a artéria fica enfraquecida, acilitando a formação de aneurismas. No terço médio dessa imagem podemos observar a rotura do aneurisma, e devido a alta pressão na aorta, o jato de sangue atravessou o mediastino e infiltrou o parênquima pulmonar (área enegrecida e firme), além de ter perfurado o esôfago e preenchido o trato digestório de sangue, evoluindo para morte imediata devido ao choque hipovolêmico.
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E) Órgão: Pulmão
Processo Patológico: Nocardiose- Inflamação Crônica granulomatosa com presença de abscessos - necrose purulenta.
Descrição: Pulmão fixado em formaldeído 10% com peso e tamanho aumentados. Destacam-se várias cavidades distribuídas difusamente pelo parênquima pulmonar. Essas cavidades, abscessos, são delimitadas por uma capsula piogênica, formada por leucócitos e colágeno (setas). As lesões foram causadas pela Nocardia ssp, uma bactéria gram positiva que vive no solo e acomete, principalmente pacientes imunocomprometidos. Essa bactéria induzir o hospedeiro a desenvolver uma inflamação do tipo granulomatosa, com necrose purulenta.